terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Retiro tudo que disse no post passado.

Abençoado seja o sexto sentido feminino!

Revisão de conceitos

Cheguei em uma encruzilhada.
Aquilo que eu tinha como certo, moral e óbvio se chocou, ontem, contra uma vontade.
Todo o valor que eu colocava na razão rachou e está prestes a ruir.
Me arrependi. Disse não, quando não sabia o que dizer. Disse não porque não achei que pudesse dizer outra coisa. Agora eu quero gritar "SIM! SIM!", mas estou muda. Quer dizer, se uma maçã cai no meio da floresta e ninguém está lá para ouvi-la, ela faz barulho?
Agora estou aqui, ajudando a derrubar, com a cabeça, o muro rachado dos meus valores-supervalorizados.
Chega de puritanismo implícito.
Chega!

domingo, 9 de dezembro de 2007

Post Scriptum

Na segunda a tarde fui comprar seu presente no shopping, com a Jaque e a Georgia.
Como eu te disse, eu tinha um certo budget, e o seu presente acabou saindo em conta. Por isso, continuamos pela Zara olhando coisas que pudessem interessar.
Perto do caixa havia uma bancada com cuecas e pijamas bacanas. Eu parei pra olhar.
Aí, a Georgia falou "Ui! Você vai dar uma cueca pra ele?".
Eu dei risada, sem saber como explicar pra pequena que nós temos um certo grau de intimidade onde cuecas estão ok. Disse apenas que nós dois éramos muito amigos.
Então a Jaque virou pra ela e disse: "É como se eles fossem irmãos."
Tenho pensado muito (mesmo) sobre as diferentes formas de amizade, e achei isso bonito.
Não tenho certeza se somos como irmãos de verdade, mas há um amor incondicional. Aquele em que a gente ama até o que não gosta. E acaba não gostando, por gostar demais.
Mas acima disso, existe aquela conexão linda, inexplicável. O sorriso no meu rosto que parte da sua felicidade. A dor no meu coração, que parte da sua tristeza. Aquele sentimento de que alguém está faltando quando você não está comigo.

Os seus sapatos são grandes demais, Fê. É por isso que ninguém mais pode calçá-los.

O seu post virou post scriptum, por chegar atrasado demais pro seu aniversário.
Mas acho que o último presente de aniversário também tem seu charme.

Acho que, sobre o aniversário, a nova idade e tudo mais, não há muito o que dizer. Apenas que você conseguiu. Transformou sua vida, se tornou um homem. E, por mais que você não reconheça, tenho certeza que é um cara muito feliz. Sendo realista, só posso te desejar que, com 25 anos, as coisas continuem melhorando no ritmo que melhoraram com 24.

Eu nunca disse que te amo com palavras vazias. Acredite. Esse é um dos textos mais desconexos que já escrevi, mas é redondo de amor.


sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

TV por assinatura

Caros leitores

Interrompemos a programação habitual deste Blog ( ou seja, chuviscos e posts desatualizados) para alertar sobre algo que, pode não ser lá muito nobre (como salvar golfinhos), mas creio que seja do interesse de todos nós.

Existe um Projeto de Lei (nº 29/07) que pretende estabelecer regras para a programação das tvs por assinatura. Ele já está na Câmara dos Deputados e vai ser analisado pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Informação e Comunicação.

O que pretende o projeto?

A proposta impõe uma cota de 40% de conteúdo nacional no total da Programação e uma cota adicional de 10% de conteúdo nacional para cada canal – incluindo os canais estrangeiros!

Isso será decidido sem nenhuma consulta popular. E como não está sendo divulgado pelos grandes canais de televisão (Globo, STB, Record, etc), ninguém ouve falar disso e não tem a oportunidade de discutir.

É claro que as redes supracitadas não têm o mínimo interesse em expor essa proposta. Se a Lei for aprovada, ela abrirá uma enorme janela para que essas empresas tomem conta de tudo que assistimos, nos submetendo a mais conteúdo de baixa qualidade e cheio de influências políticas.

Então, como eu disse, talvez não seja algo tão relevante a primeira vista, mas se analisarmos a questão com um pouco mais de profundidade, podemos ver as conseqüências sociais que mudanças como essas podem acarretar.

O que fazer?

Fiquei sabendo sobre este assunto através de um comercial que assisti no Canal Fox. A Associação Brasileira de TV por Assinatura (ABTA) está promovendo uma campanha em seu site, no qual você pode mandar um e-mail aos autores e relatores do Projeto de Lei expressando sua opinião.

Para ajudar é muito fácil. Acesse www.liberdadenatv.com.br e preencha um pequeno formulário com seu nome e endereço de e-mail, e pronto. O e-mail vai diretamente para eles.

Se tiverem interesse em colaborar ainda mais, repassem o link!

Obrigada pela atenção, e agora voltamos a nossa programação normal.

...

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Sobre como não há concurso publico nas relações interpessoais

Sinto que a teoria está formulada.
Muita gente age como se estivesse na vida dos outros permanentemente, pra ficar pra sempre. E isso é totalmente mentira. Não há raiz tão profunda que não se possa cortar ou buraco grande demais que não se possa cobrir com terra de outro lugar. Não existe hecatombe nuclear devastadora o suficiente para matar tudo que é vivo. Sempre haverão as baratas.
Ninguém é fundamental e insubstituível simplesmente por ser quem é. Mãe é só uma? Mentira! Irmão não se escolhe? Mentira! Essas pessoas, por mais permanentes que pareçam ser por definição, não são essenciais só por serem quem são.
E aí vem a parte foda da teoria. As pessoas se FAZEM insubstituíveis. Pelas ações, pelos sentimentos envolvidos, etc. E essa essencialidade tem que ser real no presente. O que se faz AGORA, o que se sente AGORA. Os momentos felizes que só estão na memória trazem uma tristeza enorme ao coração, quando se pensa no presente desagradável.
E é por isso que namoros acabam, amizades se perdem, irmãos se separam. Porque acabamos por perceber que precisamos de outra pessoa pra preencher aquele posto. Simples assim.
Assim voltamos ao ponto de partida: Não há concurso público nas relações interpessoais. Não há cargo vitalício. A fila anda e ponto final!

E pros que quiserem se candidatar aos cargos disponíveis na minha vida, favor enviar currículo com foto de corpo inteiro, sem óculos escuros ou boné. Fluência em português é essencial!
(não aceitamos ex-cast members, por motivos óbvios)

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

O que você diria, se tivesse que dizer algo pra muita gente. Se multidões viessem pedir um conselho. Se você, por algum acaso, fosse considerado um guru, que palavra você diria como conselho aos problemas das pessoas?
Se eu pudesse dar um conselho, falaria sobre o que eu conheço. Sobre as filosofias que eu acredito e que aplico de verdade na minha vida. Não seria inteligente da minha parte dizer aos outros para fazerem algo que eu não pratico.
Diria a todos, então, para se amarem e se respeitarem. Não uns aos outros, mas a si mesmos!
Diria para não se esquecerem nunca quem é que realmente importa na vida de cada um. Quem vai sempre te tirar dos problemas cabeludos, vai te fazer rir de você mesmo, vai ser a melhor companhia e algumas vezes, a única companhia que se tem.
Aconselharia manter um certo nível de orgulho, não se deixar ser pisado. Não se humilhar jamais por nada, por ninguém.
Aceitar as consequências do que se fez, mas não se arrepender jamais. Tudo é aprendizado. Por se desviar do caminho, você aprende a voltar pra ele.
Goste do que faz, goste do que você gosta e goste de você.
Se dê prazer. Seja egoísta. É isso que eu diria, se alguém me perguntasse. Porque esse é um conselho que pouca gente dá. Muita gente diz pra você reciclar o lixo, amar o próximo, não xingar velhinhos. Ninguém precisa ouvir essas coisas mais uma vez.

sábado, 15 de setembro de 2007

Public Display of Affection

Quando duas pessoas se separam, fazem muita bobagem.
É como se cada um tivesse uma lista com coisas que pode fazer e coisas que não pode. Algumas estão dentro de um limite e outras ultrapassam uma linha traçada pelo orgulho.
Normalmente quem levou o pé na bunda escreve frases no msn, letras de música no perfil do orkut, essas coisas. Porque, apesar de óbvio, nada disso entrega diretamente o sentimento. É como se você pudesse dizer sem dizer. E que entenda quem quiser.
E isso normalmente está dentro do primeiro círculo de limites. Do que é normal, e que se pode fazer engolindo pequenos bocadinhos ásperos de orgulho.
Outras coisas, como mandar mensagem no celular, depoimentos e e-mails, são um pouco mais graves. O sujeito tem que estar bem mais descontrolado pra fazer isso. É o segundo círculo de limites.
E o terceiro círculo envolve ligações, visitas inesperadas (normalmente de madrugada). Os "eu preciso falar com você uma última vez". Os "queria ligar pra minha mãe, mas liguei pra você sem querer".
Triste, vergonhoso. Já passei por isso e falo com propriedade que não há nada mais doloroso do que a humilhação que você pode impor a você mesmo.
E, da mesma forma, não é nada legal pro alvo de assédio. E a gente sabe que não é. Aliás, se a gente não pode fazer quem a gente gosta se sentir bem, então vamos fazer se sentir mal. Essa é a ideia.
Como já diria a minha muy sábia amiga Ruiva, relacionamentos são complicados!
E porque eu tô dizendo tudo isso?
Porque postei aqui ontem de noite um texto intitulado "Um daqueles e-mails que a gente não envia".
Ele começou como uma ideia de e-mail e ficou forte. Lá pela metade eu percebi que nunca poderia falar todas aquelas coisas pra ninguém. Então, estupidamente, resolvi colocar na internet, pra que todo mundo leia.
Felizmente não passei do limite do círculo 1. E-mail não enviado = check!
Sei que é impossível que o destinatário descubra o endereço desse blog. Sei também que o negócio dos blogs é isso mesmo. Desabafos. O post passado foi um perfeito desabafo. E que entenda quem quiser.

Um daqueles e-mails que a gente não envia.

Eu juro que tentei ficar susse. Mas é simplesmente impossível pra mim ficar isenta de sentimentos em relação a você. Se eu me envolvo, eu me envolvo. Não consigo pensar em quem sabe encontrar com você em um mês, em um ano, e não gostar de você nesse meio tempo.
Até porque, eu nem sei o que é gostar de você. Eu não sei quem é você.
É simplesmente um gostar do que eu senti quando estava com você, naquela que foi a nossa única noite. É gostar de gostar. Sentir pelo sentimento.
Então eu tentei ficar susse. Sabia que não ia te ver mais.
E aí você me fez achar que havia mais pra viver. Que eu podia te querer por um tempo, só pra depois ter que te esquecer pra sempre.
Mas felizmente eu não consegui. Não pude me apaixonar por algo tão incerto, ou certamente errado.
Passei alguns dias com você permanentemente na minha cabeça. Fechava os olhos e via os seus, me olhando. Via as suas sobrancelhas, lindas... Quase sentia você me beijando.
Mas isso também foi passando, e agora não vejo mais nada. Imagino, fantasio, mas perdi a realidade do que aconteceu.
Agora, o que passou é tão fictício quanto algo que possa acontecer. É tão impossível ter acontecido quanto se repetir. Eu quase não acredito mais que você existe.
É claro seria ótimo te ver de novo e mergulhar no que você representa. Mas a verdade é essa: você não passa de uma figura de linguagem. Um personagem. Uma máscara que pode ser usada por outra pessoa.
E o que eu tiro de toda essa história é isso. “Você” existe, mas com certeza não é Você.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Timing - ou "A Lasanha Despedaçada"

É incrível o problema que eu tenho com timing. As coisas acontecem pra mim sempre na hora errada. O momento é sempre o pior possível.
As vezes é cedo demais. As situações estão frescas, pessoas estão despreparadas. Acontece!
Mas normalmente eu estou atrasada. Chego tarde, demora a cair a ficha. Pode ser por meses, dias, ou até mesmo horas. As vezes alguns minutinhos poderiam ter feito diferença.
Exemplo:
Sempre que eu como em restaurantes do tipo buffet, dou azar. Vou andando pela fila, me servindo e SEMPRE a mocinha vem trocar o prato do qual eu acabei de me servir.
Enquanto eu me sirvo de restos quase irreconhecíveis de lasanha, o cara que está imediatamente atrás de mim se serve de lasanha fresquinha deliciosa e borbulhando.
É uma sina.
Por sinal, o pessoal do meu escritório já percebeu isso e disputa o lugar atrás de mim na fila. É, realmente, privilegiado.
Assim é no amor.
As coisas acontecem pra mim na hora errada, sempre. Claro, que tem uma outra sééérie de problemas, mas esse é recorrente e irritante.
Fico com um cara perfeito*, mas na ultima hora possível. Na hora da despedida. Pego o ultimo pedaço da lasanha.
Quando eu me conformo que simplesmente não há possibilidades de nos encontrarmos novamente, descubro que, sim, há uma possibilidade. Coloca todo o trabalho de "esquecer" fora. Desperdício total de horas ouvindo Britney - Toxic. Estou de volta à Jota Quest - O vento. Merda.
Provavelmente vou acabar indo pro Rio algum dia que ele esteja viajando, só pra não perder o costume de errar a data.
Preciso começar a comer no "à la carte"! Ou no PFzão.

*Só pra deixar claro. Ele não é perfeito. (repetir 1000 vezes)

domingo, 9 de setembro de 2007

Domingo.

Pensei em escrever algo hoje, já que estou desocupada. Nada melhor do que escrever para passar o tempo... Sim, sim!
Me sento na frente do computador, ligo o bendito.
Preciso de música, é claro.
Abro o Itunes e tento escolher algo inspirador. Justin? Nah, muito moderno. Amy Winehouse? Nah, muito bêbada.
Preciso de algo sóbrio e leve. Escolho Madonna - La Isla Bonita.
- Excelente!- penso - Nada resume melhor um domingo ensolarado do que La Isla Bonita.
Penso em temas.
Preciso de um tema sóbrio e leve. Penso em ler o que o Ronaldo anda escrevendo.
- O Ronaldo é muito bom! - penso - Ele sim sabe escrever. Ele tem temas. Preciso de um tema!
Penso em escrever sobre banalidades. Em colocar no "papel" os meus pareceres sobre coisas do dia-a-dia. Sacolas de super mercado, entulhos de bolsa de mulher. Sobre celulares. Sobre como eu acho que o nome do cachorro diz muito sobre o dono.
Resolvo que, em um único texto, não posso escrever sobre tudo isso. Preciso de uma série de textos sobre banalidades. Uma coluna! A coluna "Banalidades": textos banais sobre coisas banais. Publicada no dia mais banal de todos - a terça feira!
Excelente ideia.
De repente me dá uma preguiça enorme e a vontade de escrever passa.
Vou dar uma volta. Afinal, nada melhor do que sair de casa num domingo ensolarado!
Então, hoje não vai ter texto nenhum.
- Escrever no domingo. Tsc. - penso - Coisa de gente desocupada!

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Ele falou poesia no meu ouvido e beijou a minha mão.
Mandou mensagem de madrugada.
Falou tudo que não devia. Tudo o que não se fala. Tudo aquilo que a gente gosta de escutar...

Nem preciso dizer o perigo que estou correndo.

Não sei se lamento, ou se agradeço à distância que nos separa.

terça-feira, 21 de agosto de 2007

O meu Problema Mental

Eu tenho um Problema Mental.
Não o desenvolvi hoje, nem descobri a respeito dele hoje. Sei dele a algum tempo.
É um misto de irresponsabilidade crônica com preguiça. É uma segunda voz, que manda em mim. O típico diabinho.
Me impede de ir pra aula, de tirar carteira de motorista, de fazer dieta. De obter sucesso. De permanecer numa rotina de produção por mais de dois meses.
As únicas coisas que eu consigo fazer são: dormir, comer e mentir.
É uma doença triste, a minha. Transformou a minha vida em algo desprezível, complicado, quando deveria ser simples. Se alastrou por toda parte.
A única razão pela qual eu ainda consigo manter uma certa sanidade é a minha capacidade Pollyannica de mentir pra mim mesma. Viver em negação se tornou uma necessidade. Assim, eu ainda mantenho um certo nível de esperança de que eu vá conseguir reverter a situação.
E eu JURO que estou me esforçando.
JURO.

E este não é um texto deprê, de forma alguma. Estou num dia bom, no começo de uma semana boa. E pretendo me manter assim, na linha.

Toda segunda-feira, uma nova chance de ser melhor. E toda terça, uma chance de continuar sendo.


(Não estou brincando. Tenho mesmo um problema.)

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

"Agosto é popularmente conhecido como o "mês do cachorro louco". Claro que há uma explicação científica para o título, ainda que muito vaga. Diz-se que é porque nesse mês há uma maior concentração de cadelas no cio, em decorrência das condições climáticas, o que gera maior promiscuidade entre os animais e, portanto, maior contágio da raiva, doença que os enlouquece."

Explicado?!

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

A gente nunca sabe o que esperar de um encontro. Então, acaba mentindo que não está esperando nada demais, quando, na verdade, se está esperando um bocado. Porque parece ser pedir demais que o cara seja cavalheiro, romântico e limpinho. Ah. E solteiro.
Depois, a gente chega em casa, realiza que a noite foi uma bosta, e fala pros amigos que foi legal, já que as expectativas eram baixas.
Mas no meu caso foi ruim mesmo e eu não tô nem aí. Não preciso preservar a integridade de quem não me respeita.
O rapaz confiou demais no TACO dele, achou que estava podendo, foi afobado e até mesmo infantil. Quase um adolescente. Papelão, pra um marmanjo de 27 anos.
E o pior é que ele, aparentemente, não sabe disso. E olha que eu me esforcei pra deixar bem claro, com todas as letras, que não estava me divertindo.

Não é possível que ele ache que eu vou sair com ele de novo. Ou é?

É possível que uma pessoa curta uma ficada sem que a outra tenha curtido um picolésimo?

Ou ainda, é possível que você sinta que tem uma afinidade enorme com alguém, e essa pessoa não sinta nada por você?

Bom, mas ai eu saio de um garoto e entro em outro...
E esse, está fora do alcance desse blog, dessas mãos e desse coração.

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Tia Mari

Quem me conhece sabe que eu não gosto muito de crianças. Porque elas simplesmente não se satisfazem. Sempre querem brincar mais, comer mais, saber mais, encher mais o saco. Por isso eu evito crianças - e elas me evitam e, eventualmente, choram.
Mas, com os meus sobrinhos, é uma questão de dívida. As minhas irmãs tiveram que me aturar a adolescência inteira, enquanto eu era pequena. Enquanto elas tinham os primeiros namoradinhos, as fofoquinhas de meninas e barrados no baile, eu tinha 7 anos. E queria me enturmar. E elas me aguentavam e dificilmente me batiam.
Então, com os filhos delas, eu tenho o dever de fazer um papel de boa tia. Ajuda a fazer uma moral com a família e, afinal de contas, eles são bem educadinhos.
Mas o que eu mais gosto dessa história toda é a lógica de pensamento da minha sobrinha Julia, de oito anos. Além de nada humilde, ela segue uma linha de raciocínio que totalmente faz sentido, mas está sempre errada. É muito engraçado conversar com ela.
Lembro de um papo quando ela tinha 5 anos. Eu, querendo me enturmar, puxei um assunto de Barbie com ela, no shopping:
- Nossa Julia, olha que Barbie maravilhosa!!
E ela, do alto da sua majestade, me olhou de canto e disse...
- Ahn, não acredito que seja mais maravilhosa do que eu!
Essa é uma clássica.
No ano passado, estávamos na praia, no feriado da Páscoa. Eu ainda estava meio sentida com um termino de namoro e ainda por cima fui forçada a dividir um quarto com ela. Eu, solteirona, com uma menina que mal sabia escrever o próprio nome. Bem deprimente.
Dessa vez, era ela que queria se enturmar:
- Sabe, tia, eu canto muito bem.
- Ah é, Ju? O que você gosta de cantar??
- Música clássica. Que nem no filme "A princesa e a plebeia" (estrelando, mais uma vez, a boneca Barbie).
- Sério, Ju!? Que legal!
- É, quando eu canto, é muito emocionante.
E agora, da última vez, estava mostrando pra ela fotos da Disney.
- Olha, Ju, essa é a princesa Aurora. E essa é a Jasmine, e o Aladdin. E essa é a Ariel.
- Credo, tia, são todas muito feias... (careta)
- Não, Ju. Deixa a tia explicar. É que nos Estados Unidos, eles são um pouco diferentes da gente. Por isso acham mulheres diferentes bonitas. Por exemplo, numa tribo de índios. Eles são diferentes, tem pele diferente, cabelo diferente. Por isso talvez você não ache uma índia bonita, mas eles acham. Entendeu!?
Ela ficou um pouco quieta. E depois largou:
- Quer dizer que lá é bonito ser banguela!?
- Hum. Não.
- Ah...

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Andei mudando. E mudei andando.

Há algum tempo atrás eu estaria escrevendo loucamente nesse blog. A minha vida anda movimentada, ultimamente. Muita coisa tem acontecido. Boas e ruins.

(Melhor esclarecer. Não ruim "acidente de trem". Ruim, simplesmente. Indesejável.)

Mas eu tenho pensado muito antes de escrever qualquer coisa, principalmente porque não quero me expor. E acho que estou certa. Pensar antes de falar, certo!?

Os problemas são como um quarto bagunçado. Se o guarda roupa inteiro está encima da cama, não é pra qualquer um que a gente abre a porta.

E, ainda agora, não é hora de falar sobre isso. Quem sabe, talvez, quando tudo estiver resolvido... No fim do ano, como um bota-fora-total de Reveillon!

E por cima de tudo isso, têm os sentimentos que a gente não controla. Tem "ficar carente". Tem "cismar com tudo". Tem "cobrar atenção". Ando sentindo tudo isso, vivendo tudo isso. E quem pode me julgar?
Sério. Quem?

As coisas não estão legais. Esta metade está cansada, aquela tb está.

Talvez seja hora de fechar o guarda-chuva.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Perder-se é fácil. Eu, por exemplo, faço de olhos fechados...

sábado, 14 de julho de 2007

Consulta com a minha mãe

  • Sintomas: falta de companhia masculina, leve depressão e apetite acima do normal, entre outros
  • Diagnóstico: a paciente parece estar "encalhada"
  • Tratamento recomendado: Homem-opatia

sexta-feira, 13 de julho de 2007

My heartbeat shows the fear

Dei uma sumida, mas é por um motivo legítimo. Voltei a ser chata.

Ando gastando uma energia incrível pra evitar pensar nas cagadas que eu fiz. O segredo! O segredo! Namastê! Om Shanti! Saravá.
Mas a real é que eu me sinto podre, indigna de contato humano direto e merecedora de castigos. Isso é o que eu sinto, claro. Não o que eu quero.
Tá vendo, chatice PURA! Saravá.

Blá Blá Blá, estou de dieta, academia, etc.

Vou estabelecer metas, estudar o futuro e planejar as coisas. O segredo! O segredo!

A carência afetiva não vai me pegar! HA HA HA! Eu rio na cara do perigo! Não ligo pra ningué-ém. Não tô nem aí-í!


Agora falando sério. Jones é um estado de espírito. Eu sinto ela chegando a noite, sinto que vou ficando miudinha, vou precisando de alguma coisa. De atenção, de ligações. De carinho. De chocolate.
É o que há de mais gordo em mim, o que há de mais desprezado. Tem a auto-estima de um cachorro de rua. Sabe que eu não a quero, ninguém a quer.

E ela só quer ser amada, porra.

Abram o Chardonnay! Tá foda.

Sem parar, no ITunes: Overkill - Men at work



Aprendizado da semana: as pessoas dificilmente prestam.

terça-feira, 3 de julho de 2007

Só não consegue quem desiste!

Estou dando uma passadinha aqui pra colocar um link. É o blog de uma menina chamada Larissa.
A Larissa sofreu anos e anos com problemas de peso. Um engorda-emagrece eterno - problema que eu conheço bem. Até que ela colocou o emagrecimento como prioridade e conseguiu mudar de vida, não só fisicamente, mas em praticamente todos os aspectos. É uma história bonita de força de vontade e perseverança.
Sei que isso pode parecer meio água com açucar, mas se ela conseguiu perder mais de 43Kg, é díficil dizer que tem coisas impossíveis na vida.
A gente só precisa querer realmente atingir a meta, precisa lutar pelo que se quer. Precisa estudar, trabalhar, malhar. Fazer o que é preciso.
E essa é a lição que eu estou tentando aprender!

(Pra visitar o blog da Larissa, clique aqui)

segunda-feira, 2 de julho de 2007

sábado, 30 de junho de 2007

S.O.S.(iso)

Ontem, sexta-feira, eu encarei a cadeira do dentista e arranquei o primeiro dos quatro dentes malditos que insistem em atrapalhar a ordem geral da minha boca, os famigerados sisos.
Pra mim, ir ao dentista nunca é legal. Eu sempre me sinto invadida, exposta. É quase como ir ao ginecologista. Você está mostrando coisas que não mostra pra todo mundo, tratar problemas que não gosta de admitir que tem. Cáries? Placa? Mal Hálito? Gonorreia? Problemas vergonhosos. E você fica vulnerável. Não consegue ver o que está acontecendo, onde estão mexendo. Só dá pra rezar que a sua dignidade esteja sendo preservada.
Enfim. Eu nunca tive gonorreia.
O que eu tenho pra comentar sobre a experiência de ter um dente arrancado? A minha dentista (muito querida, por sinal) é ex-modela da Ford. Ai lá estou eu, toda babada, sangrando, e ela, toda emergida em berço esplêndido. E quando ela disse "Opa, o nosso amigo já está solto, agora é só puxar..." eu pensei " Se essa bosta desse dente fosse meu amigo, não estaria me fazendo passar por isso!!".
Sério galera, foi foda. Doeu. Inchou tudo: a bochecha, a língua (quase não cabia dentro da minha boca). Chorei, mas resisti. No momento está doendo um pouco e eu pareço o Fofão, mas o prognóstico é bom e estou melhorandinho. Os sorvetes ajudam com o humor.

Se você já tirou os sisos, meus pêsames. Se você vai ter que tirar, o conselho é: NÃO tire. Dói. Não deixe te enganarem. Dói!

One down, three to go.

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Top 10 mais tocadas no meu Itunes!

  1. Don't cha - Pussycat Dolls
  2. Dirrrty - Christina Aguilera
  3. Crazy in love - Beyoncé
  4. Senorita - Justin Timberlake
  5. Like a Prayer - Madonna
  6. Irreplaceable - Beyoncé
  7. Me against the music - Britney Spears (feat. Madonna)
  8. All I have - J. Lo.
  9. Sexyback - Justin Timberlake
  10. Ain't no other man - Christina Aguilera

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Vi esses dias na TV que a frase mais utilizada em filmes é "Let's get out of here!".

Faz muito sentido:

"Os inimigos chegaram. Let's get out of here!"
"A caverna está desabando. Let's get out of here!"
"Eu te amo e quero fazer sexo selvagem com você. Let's get out of here!"

Outra coisa importante:

Tive a experiência alienígena de ver gogo-boys performáticos! Sério. Essa vida é muito boa! Quer dizer, não sei a "vida de gogo-boy", mas a minha é, com certeza.

Ah, outra experiência boa do meu final de semana. Fui mais fantasiada do que deveria numa festa junina. Acho que não preciso nem explicar né. Só posso dizer que agradeço que os meus amigos me amam como eu sou. Tosca, como eu sou.

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Mês do Orgulho

Descobri hoje que Junho é o mês do Orgulho.

Quero manifestar aqui, então, o meu Orgulho.

Orgulho, não o de bandeira hasteada. Orgulho de brilho nos olhos.

Miss Brasééél

Se tem uma coisa que eu acho chata é essa mania da imprensa de entupir a mídia com um assunto, até que ninguém aguente mais. Que nem o Papa, quando morreu. Que nem o Papa, quando veio pro Brasil.

A bola da vez é a Miss-quase-universo.

Será que ela vai virar nome de torta, à lá Marta Rocha?

"Me vê metade dessa 'Natália Guimarães'!!"

Já que é o assunto do momento, eu gostaria de meter o meu bedelho. Que ela era a mais bonita, é indiscutível. Mas se a ideia era celebrar a beleza oriental, deixada de lado na maioria dos concursos, que premiassem a Miss Coréia ao invés da Japão. Muito mais bonitinha e notavelmente mais simpática!!



Japan X Korea: a beleza está nos olhos de quem vê. Olhos puxados, no caso.

domingo, 17 de junho de 2007

Domingão

Acabo de assitir com o meu pai e minha mãe a Dança dos Famosos, no Faustão.
Eu sempre odiei a Dança dos Famosos, não só porque era uma versão pobre, apresentada pelo Faustão, mas também porque as danças eram sempre miseravelmente simples. Coisa pra retardado. Mas sabe que andou melhorando! Refiro me às coreografias, não o Faustão - esse ainda é pra retardado.
Maaas, essa telespectadora aqui não estava interessada na qualidade da dança de Discoteca da Elaine Mickeli. Estava, sim, babando pelo Rodrigo Hilbert. Uma loucura. Óóóóóssom! hihi. Pena que homem bonito não dá assunto de post pra blog. Ou dá...
O que eu quero comentar aqui foi a ridicula luta de egos-titãs no juri técnico. O Seu Coisinha de Jesus realmente baixou o nível. Sempre querendo ser o dono da verdade, colocando defeito em tudo, chegou ao ponto de erguer a voz e mandar outra jurada (um amor de velhinha, por sinal) ficar quieta, porque quem entendia de dança de salão ali era ele. Sinceramente, fiquei com tanta vergonha de estar assistindo aquilo que saí da sala. Prova de que eu ainda tenho alguma intolerância ao brega.
Pessoalmente, acho que ele ficou recalcado porque o Rodrigo Hilbert é lindo, mesmo contra todos os esforços do figurino da Globo, que colocou o pobre alemãozinho todo de preto com gravata, suspensórios e chapéu de feltro vermelhos. Vamos lá, pessoal! Vamos lá!!

Miss Jones adora come-quietos...

sábado, 16 de junho de 2007

250 camadas! Pare um pouquinho, descanse um pouquinho...


Mateus D'Amico, por Mariana Halfen

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Adivinha quem é?

- Alô!?
- Oi Mari!
- Oi...
- Ué, não sabe quem tá falando?
- Ai... Não.
- Mariana Halfen, você não reconhece a minha voz?
- Quem é?
- Poxa, eu sei o seu nome inteiro! E você não sabe que sou eu...
- Eu odeio isso. Quem é?
- Adivinha!
- Não sei..
- Não sabe ou não quer adivinhar?
- Me dê uma pista. Da onde a gente se conhece?
- Temos um amigo em comum. Bom, agora temos vários...
- Mineiro?
- Mineiro?
- Mineiro?
- Quem é "mineiro"?
- Ok, não sei quem é.
- Hahahaha, me ligue quando souber.


- Alô?
- Maersk Line, Milton.
- Milton, seu safado!

quinta-feira, 14 de junho de 2007

TOP 10 Madonna!

  1. Like a Prayer
  2. Amazing
  3. Frozen
  4. Don't tell me
  5. Holiday
  6. Vogue
  7. American life
  8. La isla bonita
  9. Love profusion
  10. Take a bow

quarta-feira, 13 de junho de 2007

First Things First

Fiquei com uma vergonha medonha.
Estou há vai-saber-quanto-tempo enrolando esse blog. Parto
meio difícil. Como você dá um nome e cria algo que nem deveria existir? Que é, usando da sinceridademonstro, uma desperdício de ciber espaço.
Mas me senti humilhada quando o amigo Lucas
(voa voa aviãozinho, vai buscar o meu benzinho) sentou a bunda e fez um blog, sem enrolações!
Aí a revolta que nasce da humilhação me fez dar o troco. Produzi esse belo espaço!
*olhe em volta, perceba os detalhes, os mínimos aspectos...
Tá, não fui eu que fiz. E isso me irrita!
Como alguém que ganha pão
(e não come a carne, infelizmente) com internet não se empenha em fazer um belo design pro seu próprio fotolog, que abrigue com carinho seus aclamados registros literários?
Sou uma decepção para os nerds de todos os cantos!

Ok. Agora que já expliquei o presente blog, vou contar o que me aconteceu hoje de manhã.
O que eu chamaria de BURRICE ABSURDA da minha parte.

Essa jovem por trás dos textos, auto-intitulada Miss Jones, tinha um
sonho.
Esse sonho era simples: tirar carteira de motorista!

Acordei hoje cedo, meio atrasada, mas preparada para rumar em direção ao longínquo DETRAN. Meio indecisa em relação à que ônibus tomar, fiz algumas ligações e concluí que o melhor a ser tomado era o chamado Detran/Vicente Machado. Quem me conhece sabe que eu
odeio ônibus, mas os amarelos são os menos piores. Numa escala de menos pior pra pior: brancos, amarelos, vermelhos, prateados e por último os terríveis VERDES!
Continuando...
Saio de casa com um plano. Pegar o ônibus (amarelo) e ir pro Detran. Até aí, beleza!
Quando chego no ponto de ônibus, vejo que o querido esta indo embora... Corro atrás... Ele se afasta... Perdi a merda do ônibus.
Ok. Ainda tô legal, não vou
necessáriamente me atrasar.
Vasculho a bolsa, pra dar uma olhada no celular e pimba! Esqueci o maldito celular!!! Não tenho contato com os que amo. Não tenho noção do horário. A vida está ruim.
Já estou um pouco fula, mas respiro e espero o próximo ônibus. Entro e felizmente tem lugar pra sentar - de costas! E como se não bastasse senta um desgraçado fedorento do meu lado. AAAH!
Ainda por cima, no meio da viajem que é a ida pro Tarumã, o ônibus pára no meio do caminho por causa de um trêm!
Chegando no Detran, entro correndo na fila da foto. Sento no banquinho e a moça me pede o protocolo e a carteira de identidade.


Eu não levei a PORRA da identidade.


Pego o ônibus de volta (que dessa vez já estava lá paradinho, me esperando) e volto pra casa.
No caminho passo na Confeitaria Holandesa.

Miss Jones agora quer tirar carteira só pra ir uma vez por semana DE CARRO no Detran e cagar no chão daquela merda!

Miss Jones não é
sempre tão violenta...