domingo, 10 de fevereiro de 2008

As meninas vão me entender.
A gente fica carente, poxa. E não é como os homens pensam, só naquele período do mês. A carência vem quando ela bem entende e fica na volta da gente o tempo que quer.
E enquanto a gente está carente parece que a vida é um papel de cartas velho e desbotado, com uma temática romântica. A gente sabe o que é amor, o que é ser amada, mas faz tanto tempo que as coisas perderam a cor...
Fico me sentindo um útero gigante, sabe?
Começo achando que os bebês são bonitinhos. Quero pegá-los no colo, quero achar cheirosinho e queridinho. Ó, babou na tia! Ó, tá soninho!
Conseqüentemente, começo a pensar em todos os caras que vejo na rua como potenciais namorados. Muito gordos, muito feios, muito pobres. Opa, um bonitinho aparece! Fico flertando com desconhecidos no ônibus, ou onde for.
Alguém mais acha que isso é deprimente?
Sério, nunca concorde com a mulher carente quando ela reclamar da situação atual. Sempre fale que não é tão ruim assim. Sempre. Cite exemplos de pessoas que tem namorados e são infelizes. Mostre a miséria alheia. A mulher carente não quer se foder sozinha!
Não seja muito feliz perto da mulher carente.
Aliás, não chegue muito perto da mulher carente. A menos que você seja o bendito Dirceu.

Se você não sabe quem é Dirceu, escute Lobão. De preferência cantado pela Marina Lima, porque ele é um insuportável.