segunda-feira, 30 de julho de 2007

Tia Mari

Quem me conhece sabe que eu não gosto muito de crianças. Porque elas simplesmente não se satisfazem. Sempre querem brincar mais, comer mais, saber mais, encher mais o saco. Por isso eu evito crianças - e elas me evitam e, eventualmente, choram.
Mas, com os meus sobrinhos, é uma questão de dívida. As minhas irmãs tiveram que me aturar a adolescência inteira, enquanto eu era pequena. Enquanto elas tinham os primeiros namoradinhos, as fofoquinhas de meninas e barrados no baile, eu tinha 7 anos. E queria me enturmar. E elas me aguentavam e dificilmente me batiam.
Então, com os filhos delas, eu tenho o dever de fazer um papel de boa tia. Ajuda a fazer uma moral com a família e, afinal de contas, eles são bem educadinhos.
Mas o que eu mais gosto dessa história toda é a lógica de pensamento da minha sobrinha Julia, de oito anos. Além de nada humilde, ela segue uma linha de raciocínio que totalmente faz sentido, mas está sempre errada. É muito engraçado conversar com ela.
Lembro de um papo quando ela tinha 5 anos. Eu, querendo me enturmar, puxei um assunto de Barbie com ela, no shopping:
- Nossa Julia, olha que Barbie maravilhosa!!
E ela, do alto da sua majestade, me olhou de canto e disse...
- Ahn, não acredito que seja mais maravilhosa do que eu!
Essa é uma clássica.
No ano passado, estávamos na praia, no feriado da Páscoa. Eu ainda estava meio sentida com um termino de namoro e ainda por cima fui forçada a dividir um quarto com ela. Eu, solteirona, com uma menina que mal sabia escrever o próprio nome. Bem deprimente.
Dessa vez, era ela que queria se enturmar:
- Sabe, tia, eu canto muito bem.
- Ah é, Ju? O que você gosta de cantar??
- Música clássica. Que nem no filme "A princesa e a plebeia" (estrelando, mais uma vez, a boneca Barbie).
- Sério, Ju!? Que legal!
- É, quando eu canto, é muito emocionante.
E agora, da última vez, estava mostrando pra ela fotos da Disney.
- Olha, Ju, essa é a princesa Aurora. E essa é a Jasmine, e o Aladdin. E essa é a Ariel.
- Credo, tia, são todas muito feias... (careta)
- Não, Ju. Deixa a tia explicar. É que nos Estados Unidos, eles são um pouco diferentes da gente. Por isso acham mulheres diferentes bonitas. Por exemplo, numa tribo de índios. Eles são diferentes, tem pele diferente, cabelo diferente. Por isso talvez você não ache uma índia bonita, mas eles acham. Entendeu!?
Ela ficou um pouco quieta. E depois largou:
- Quer dizer que lá é bonito ser banguela!?
- Hum. Não.
- Ah...

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Andei mudando. E mudei andando.

Há algum tempo atrás eu estaria escrevendo loucamente nesse blog. A minha vida anda movimentada, ultimamente. Muita coisa tem acontecido. Boas e ruins.

(Melhor esclarecer. Não ruim "acidente de trem". Ruim, simplesmente. Indesejável.)

Mas eu tenho pensado muito antes de escrever qualquer coisa, principalmente porque não quero me expor. E acho que estou certa. Pensar antes de falar, certo!?

Os problemas são como um quarto bagunçado. Se o guarda roupa inteiro está encima da cama, não é pra qualquer um que a gente abre a porta.

E, ainda agora, não é hora de falar sobre isso. Quem sabe, talvez, quando tudo estiver resolvido... No fim do ano, como um bota-fora-total de Reveillon!

E por cima de tudo isso, têm os sentimentos que a gente não controla. Tem "ficar carente". Tem "cismar com tudo". Tem "cobrar atenção". Ando sentindo tudo isso, vivendo tudo isso. E quem pode me julgar?
Sério. Quem?

As coisas não estão legais. Esta metade está cansada, aquela tb está.

Talvez seja hora de fechar o guarda-chuva.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Perder-se é fácil. Eu, por exemplo, faço de olhos fechados...

sábado, 14 de julho de 2007

Consulta com a minha mãe

  • Sintomas: falta de companhia masculina, leve depressão e apetite acima do normal, entre outros
  • Diagnóstico: a paciente parece estar "encalhada"
  • Tratamento recomendado: Homem-opatia

sexta-feira, 13 de julho de 2007

My heartbeat shows the fear

Dei uma sumida, mas é por um motivo legítimo. Voltei a ser chata.

Ando gastando uma energia incrível pra evitar pensar nas cagadas que eu fiz. O segredo! O segredo! Namastê! Om Shanti! Saravá.
Mas a real é que eu me sinto podre, indigna de contato humano direto e merecedora de castigos. Isso é o que eu sinto, claro. Não o que eu quero.
Tá vendo, chatice PURA! Saravá.

Blá Blá Blá, estou de dieta, academia, etc.

Vou estabelecer metas, estudar o futuro e planejar as coisas. O segredo! O segredo!

A carência afetiva não vai me pegar! HA HA HA! Eu rio na cara do perigo! Não ligo pra ningué-ém. Não tô nem aí-í!


Agora falando sério. Jones é um estado de espírito. Eu sinto ela chegando a noite, sinto que vou ficando miudinha, vou precisando de alguma coisa. De atenção, de ligações. De carinho. De chocolate.
É o que há de mais gordo em mim, o que há de mais desprezado. Tem a auto-estima de um cachorro de rua. Sabe que eu não a quero, ninguém a quer.

E ela só quer ser amada, porra.

Abram o Chardonnay! Tá foda.

Sem parar, no ITunes: Overkill - Men at work



Aprendizado da semana: as pessoas dificilmente prestam.

terça-feira, 3 de julho de 2007

Só não consegue quem desiste!

Estou dando uma passadinha aqui pra colocar um link. É o blog de uma menina chamada Larissa.
A Larissa sofreu anos e anos com problemas de peso. Um engorda-emagrece eterno - problema que eu conheço bem. Até que ela colocou o emagrecimento como prioridade e conseguiu mudar de vida, não só fisicamente, mas em praticamente todos os aspectos. É uma história bonita de força de vontade e perseverança.
Sei que isso pode parecer meio água com açucar, mas se ela conseguiu perder mais de 43Kg, é díficil dizer que tem coisas impossíveis na vida.
A gente só precisa querer realmente atingir a meta, precisa lutar pelo que se quer. Precisa estudar, trabalhar, malhar. Fazer o que é preciso.
E essa é a lição que eu estou tentando aprender!

(Pra visitar o blog da Larissa, clique aqui)

segunda-feira, 2 de julho de 2007