sábado, 15 de setembro de 2007

Um daqueles e-mails que a gente não envia.

Eu juro que tentei ficar susse. Mas é simplesmente impossível pra mim ficar isenta de sentimentos em relação a você. Se eu me envolvo, eu me envolvo. Não consigo pensar em quem sabe encontrar com você em um mês, em um ano, e não gostar de você nesse meio tempo.
Até porque, eu nem sei o que é gostar de você. Eu não sei quem é você.
É simplesmente um gostar do que eu senti quando estava com você, naquela que foi a nossa única noite. É gostar de gostar. Sentir pelo sentimento.
Então eu tentei ficar susse. Sabia que não ia te ver mais.
E aí você me fez achar que havia mais pra viver. Que eu podia te querer por um tempo, só pra depois ter que te esquecer pra sempre.
Mas felizmente eu não consegui. Não pude me apaixonar por algo tão incerto, ou certamente errado.
Passei alguns dias com você permanentemente na minha cabeça. Fechava os olhos e via os seus, me olhando. Via as suas sobrancelhas, lindas... Quase sentia você me beijando.
Mas isso também foi passando, e agora não vejo mais nada. Imagino, fantasio, mas perdi a realidade do que aconteceu.
Agora, o que passou é tão fictício quanto algo que possa acontecer. É tão impossível ter acontecido quanto se repetir. Eu quase não acredito mais que você existe.
É claro seria ótimo te ver de novo e mergulhar no que você representa. Mas a verdade é essa: você não passa de uma figura de linguagem. Um personagem. Uma máscara que pode ser usada por outra pessoa.
E o que eu tiro de toda essa história é isso. “Você” existe, mas com certeza não é Você.

2 comentários:

Carla L disse...

Oi,
Entrei aqui por acaso, mas achei legal o que vc escreveu - retrata bem o que se sente nessas situações ...
Beijo, Carla

Unknown disse...

Mari, HUMILHOU!!!

cá estou eu... perplexa por querer ter escrito (e enviado) este email à uma pessoa.

UM BEIJAO!
Isa.