Miss Mariana Jones

terça-feira, 21 de abril de 2009

Silly Sad Randomness

If I were a boy, even just for a day... Não sei porque essa música me toca tanto. Me faz pensar sempre e chorar às vezes.

Me sinto só. Como pode? Emotionaly detached, segundo uma amiga.

Depois de tanto tempo sem vir aqui, eu entro e leio "não espere nada além de pessoas das pessoas". Eu fico esperando um príncipe em um cavalo. Ele veio a pé, então eu ando mesmo odiando caminhar. Ando de mãos dadas e sorrindo. Gosto? Não.

No fundo, eu tenho medo de estar acontecendo a mesma coisa, de já ter visto esse filme antes. As coisas vão passando e acontecendo e passando e de repente, créditos. Meu deus, eu fujo dos créditos.

A gente se diverte tanto junto. Eu quero tanto mais isso. Tomadinha-pânico!

Meu aniversário. Hoje.

Meu pai me pergunta todo ano se eu não tenho que fazer a minha declaração de imposto de renda. Eu sempre respondo que não, pai, eu sou sua dependente. Hoje, tentando mais uma vez convencê-lo de que não preciso fazer a merda da declaração, eu disse "Pai, se eu não fazia com doze anos, porque vou fazer agora. A minha situação não mudou."
Dá pra perceber como isso é triste?

Não sou falsa ou cínica. Sou é muito simpática, porra. Não trato ninguém mal.
Isso me irrita!
Desde quando ser legal é ser de mentira?
Porque eu vou tratar alguém que eu gosto mornament mal?
Porque diabos eu só seria gente boa com quem eu amo?
Não posso ser um ser social?
Me entende agora?

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Lição aprendida hoje: Não procure nada além de pessoas nas pessoas.

segunda-feira, 24 de março de 2008

A resposta da mulher passiva

Sabe qual é a nova onde entre os homens? É responder a seguinte pergunta do seguinte modo:
- O que você curte em uma mulher?
- Ah... Eu gosto de mulher com atitude.
É isso, meninas. Eles gostam de mulher com atitude. Mulher que toma iniciativa.
Sério, quando eu ouço isso me dá vontade de dizer o "Jura?!" mais irônico do mundo, seguido de um Hadouken.
Os homens agora descobriram o que nós já sabíamos há muito tempo. É óbvio que todo mundo gosta de parceiros com iniciativa. É a melhor coisa do mundo. Deeer, homens.
Pras amigas que não sabem, vou dizer como funciona. Os caras querem que a gente corra atrás, que demonstre que tá interessada, que chegue, que faça e que aconteça. E nós, pobres Donas de Casa Desesperadas, estamos fazendo exatamente isso. Estamos correndo atrás dos caras que nos interessam, enquanto eles esperam em berço esplêndido. Não nos resta alternativa. Ou investimos nos caras, ou ficamos sozinhas.
Aí me surge uma dúvida: Que diabos os homens estão fazendo hoje em dia? Correr atrás de mulher não é.
Bom, como certamente sei que não serei respondida, ficadica, caso algum macho perdido esteja lendo esse post:
Nós, mulheres, também gostamos de ser conquistadas. Também gostamos de ser rodeadas. Não nos sentimos confortáveis nessa fantasia de Don Juan. Queremos atenção espontânea de vocês.
Agora! Já! Não é pra ficar aí, esperando pra ver o que rola. É pra fazer acontecer. Ok? Entendido?
Fiquem tranquilos, nós vamos fazer a nossa parte. Vamos dar os sutis toques femininos de que o sinal está aberto. Mas avancem, pô.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Possíveis realidades por trás da fachada do Departamento Nacional de Trânsito:

A) Um esquema de seleção vestibular onde os classificados mais bizarros são levados para Zoológicos Alienígenas.
B) Um microcosmo do Inferno, no qual ao contrário do que pensam os populares não existem banheiras de lava e flagelos físicos, e sim burocracia e filas pra todo lado caracterizando assim o sofrimento eterno.
C) Um experimento DHARMA sobre quanto tédio um ser humano é capaz de aguentar antes de tocar o foda-se e mandar todo mundo tomar no cú.

PS: Juro que na minha passagem por lá hoje a tarde, pude observar exemplos que comprovariam todas as alternativas acima. Por sinal, o número do meu protocolo era "4 8 15 16 23 42".

segunda-feira, 3 de março de 2008

Estou dando uma voltinha em uma veeelha Roda Gigante, bem conhecida e manjada. Daquelas que, quando você está na fila, dá uma vergonha danada. É um brinquedo mané, no qual só manés andam. Eu tento fingir que não sou mané, mas não engano ninguém. Os manés me reconhecem como igual e os cools me olham esquisito.
Eu sento no banquinho, ainda me sentindo meio estranha e logo tento justificar. Digo que só estou ali pra acompanhar alguém.
Quando ela começa a subir, eu dou uma empolgada. Quando chego lá encima, quase não consigo esconder que estou achando tudo isso muito legal!! Na descida, fico com um certo medo... Como vou encarar a situação quando pisar no chão da realidade?

Não sei porque, vez ou outra, insisto em andar na mesma velha roda gigante.

Talvez por ser um brinquedo seguro.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

As meninas vão me entender.
A gente fica carente, poxa. E não é como os homens pensam, só naquele período do mês. A carência vem quando ela bem entende e fica na volta da gente o tempo que quer.
E enquanto a gente está carente parece que a vida é um papel de cartas velho e desbotado, com uma temática romântica. A gente sabe o que é amor, o que é ser amada, mas faz tanto tempo que as coisas perderam a cor...
Fico me sentindo um útero gigante, sabe?
Começo achando que os bebês são bonitinhos. Quero pegá-los no colo, quero achar cheirosinho e queridinho. Ó, babou na tia! Ó, tá soninho!
Conseqüentemente, começo a pensar em todos os caras que vejo na rua como potenciais namorados. Muito gordos, muito feios, muito pobres. Opa, um bonitinho aparece! Fico flertando com desconhecidos no ônibus, ou onde for.
Alguém mais acha que isso é deprimente?
Sério, nunca concorde com a mulher carente quando ela reclamar da situação atual. Sempre fale que não é tão ruim assim. Sempre. Cite exemplos de pessoas que tem namorados e são infelizes. Mostre a miséria alheia. A mulher carente não quer se foder sozinha!
Não seja muito feliz perto da mulher carente.
Aliás, não chegue muito perto da mulher carente. A menos que você seja o bendito Dirceu.

Se você não sabe quem é Dirceu, escute Lobão. De preferência cantado pela Marina Lima, porque ele é um insuportável.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Não dá pra acreditar.

Estou saindo do meu casulo pra escrever sobre algo que me deixou maluca nesse final de semana, e me deixa mais maluca ainda toda vez que eu penso a respeito.

Eu estava na frente de uma balada no sábado com alguns amigos, esperando pra entrar. Por causa da chuva, as poucas pessoas que estavam na fila se amontoavam debaixo de um toldo. De repente, um boçalzinho passou de carro e tacou uma GARRAFA nas pessoas que estavam na fila.

A garrafa acertou em mim.

É claro que foi muito azar da minha parte, porque obviamente tal projétil não se destinava à amigas-moderninhas.

Felizmente, e graças à boa industria de vidro que faz garrafas de whisky resitentes, esta bateu na minha canela e não quebrou. Mas podia ter caído no chão e estilhaçado pra todo lado. Podia ter acertado na minha cabeça. Podia ter fucking matado alguém.

Eu me revolto por pensar que todo mundo julga aqueles boyzinhos que atearam fogo em um índio há mais de dez anos, mas não realizam que esses merdas ainda estão soltos por aí. E estão multiplicados, encarnados em outras centenas de boyzinhos.

Os que espancaram e mataram dois travestis no começo desse ano, em São Paulo.
Os que, por diversão, abrem extintores nas putas da Osório.
E os infelizes que, querendo acertar um menino, acertaram uma menina na frente da balada.

Porque incendiar mendigo, pode.